segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Reunião de Planejamento do GAIA-Veg 2013

No último domingo, 27 de janeiro, realizamos nossa reunião anual de planejamento de ações.
Juntos o dia todo, em imersão total em Mairiporã, no sítio da querida Eline Garcia pudemos traçar metas e objetivos do grupo para 2013.
A reunião foi muito produtiva, com várias ideias e ações que em 2013 sairão do papel e se tornarão realidade em benefício de nossos irmãos neste ano promissor!
Convidamos todos a auxiliar-nos nesta luta voluntária e ética por amor aos animais não humanos, humanos e por nosso belo e amoroso planeta!
Após horas de raciocínio e discussão, sentamos para saborear um delicioso almoço vegano, totalmente compassivo, sem violência - preparado com amor por todos os membros do grupo.
Ainda deu tempo de plantar um lindo Ipê-Rosa (Tabebuia impetiginosa) , que selou nosso compromisso e, com certeza, assim como nossos projetos florescerá  lindamente levando beleza, sombra e sementes para o futuro!

Nos vemos em breve!
Feliz 2013!







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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cavalhadas: uma "tradição" secular de maus-tratos aos animais


A cavalhada, celebração de origem portuguesa que recria os torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouros, é marcada constantemente nas cidades onde é realizada pelos maus-tratos ocasionados aos animais, como o uso de esporas com rosetas pontiagudas pelos cavaleiros, utilização de montaria desproporcional ao peso carregado, uso de guizo no lombo dos animais e utilização de chicotes. 

Os promotores destas atrocidades (leia-se políticos, peões, público, empresas patrocinadoras, etc) justificam a realização do "espetáculo" baseando-se na tradição do evento, que ocorre no Brasil desde o século XVI.

Ora, se assim fosse, em nome das tais "tradições" nunca teríamos uma mulher no mais alto cargo político de nosso país, pois, tradicionalmente, as mulheres nunca tiveram direito ao voto,  muito menos ainda o direito de pleitearem um cargo eletivo público.

As "tradições" fizeram gerações de negros serem escravizados, torturados e mortos mundo afora, durante séculos. Estas mesmas tradições foram as responsáveis pelo extermínio dos índios, pela tomada de suas terras, pela tentativa de assassinato de sua cultura.

Perguntem às mulheres afegãs como é serem mutiladas, feridas, espancadas e mortas, apenas porque ousaram  ser diferentes das cruéis, sexistas e injustificadas tradições impostas por seus maridos, pais e filhos.

Sob a bandeira da tradição, o mundo continua assassinando cruelmente milhões de animais, seja para abastecer o "tradicional" churrasco de domingo, a "tradicional" ceia natalina, o "tradicional" peru de Ação de Graças...isso sem falar na "tradicional" morte de baleias e golfinhos, dos "tradicionais" casacos de vison, os "tradicionais" mocassins de couro e tantos outros tradicionalismos bárbaros e injustificáveis.

Temos o direito de dizer não às cruéis tradições! Temos o direito de proteger a vida! Não aos rodeios, cavalhadas, touradas, vaquejadas, circos e qualquer tipo de "tradição" que envolva o uso de animais!

Para quem ainda acha que as "cavalhadas" são uma tradição a ser preservada, vejam o vídeo produzido pela OPLA (Organização Pela Libertação Animal de Atibaia), sobre os maus-tratos aos animais nesta "comemoração"




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RETROCESSO em Guarulhos - Prefeito Sebastião Almeida sanciona o novo Código de Zoonoses e abre caminho para a realização das cavalhadas no município



A cidade de Guarulhos, localizada na região metropolitana de São Paulo, que havia dado um passo importante rumo à proteção e promoção do bem-estar animal ao aprovar lei que proíbe a utilização de animais em “espetáculos” públicos, como rodeios, circos, vaquejadas e cavalhadas, protagonizou hoje um triste retrocesso.

No texto original da Lei n° 7.114, sancionada em 08/01/2013, que institui o novo “Código de Controle de Zoonoses, Controle de População de Animais e do Bem-Estar Animal do Município de Guarulhos”, em seu artigo n° 13, proíbe o ingresso, a permanência ou o funcionamento no Município de espetáculos que envolvam a utilização de animais, para fins de entretenimento, tais como circos, rodeios, touradas, vaquejadas e outros.

À primeira vista, parece um avanço considerável, porém, a referida lei revoga a Lei n° 6.033/2004, que à época já previa a proibição de circos, rodeios, cavalhadas e vaquejadas no município (art. 26).

A lei atual exclui o termo “cavalhada” de sua redação e inclui um parágrafo e 4 novos incisos ao artigo n° 13 (acima destacado em negrito), dentre os quais, abrindo a exceção da proibição a utilização de animais em “evento oficial de caráter cívico ou de propósito educativo e cultural, mediante prévia autorização do órgão de Controle de Zoonoses e de Controle das Populações de Animais”.

A exceção constitui-se uma perigosa ameaça ao bem-estar dos animais, já que não há critérios objetivos descritos na lei que possam definir qual tipo de evento pode ser enquadrado na categoria de “propósito educativo e cultural”, abrindo um precedente alarmante para a realização de qualquer evento, inclusive as cavalhadas, que haviam sido proibidas pela Lei n° 6.033/2004.

O prefeito reeleito de Guarulhos, Sebastião Almeida, em entrevista ao Jornal Folha Metropolitana, no dia 28/12/2012 já havia se manifestado publicamente favorável ao retorno das cavalhadas, que fazem parte da programação da tradicional Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso, que ocorre todos os anos no mês de agosto.

A cavalhada, celebração de origem portuguesa que recria os torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouros, é marcada constantemente nas cidades onde é realizada pelos maus-tratos ocasionados aos animais, como o uso de esporas com rosetas pontiagudas pelos cavaleiros, utilização de montaria desproporcional ao peso carregado, uso de guizo no lombo dos animais e utilização de chicotes.

Além do triste retrocesso legitimado pelo prefeito, a cidade ainda foi “agraciada” com a nomeação do ex-vereador e candidato a prefeito Wagner Freitas, como Secretário Municipal de Esportes. O político é notório defensor do retorno dos rodeios à cidade, tendo defendido publicamente sua posição e tratando com ironia e desrespeito os movimentos de proteção e promoção do bem-estar animal.

Ainda, o atual mandato da Câmara dos Vereadores será presidido pelo vereador Eduardo Soltur, entusiasta da realização de rodeios e político que obteve a maior votação nas últimas eleições. Soltur já havia manifestado sua posição pró-rodeio no ano de 2011, ao apoiar publicamente o projeto de lei de autoria do então vereador Wagner Freitas (que previa a volta dos rodeios ao município), justificando que “o rodeio é uma festa muito bonita”. O projeto de lei foi vetado pelos parlamentares.
Marcus Tadeu Paro
Gaia-Veg (Grupo de Apoio e Incentivo à Alimentação Vegetariana)


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